Tarifaço de Trump: Suco de laranja, celulose e aviação escapam; veja a situação de outros produtos
Brasil lidera a lista de tarifas de Donald Trump
Por Arimateia Jr
Publicado em 30/07/2025 19:22
Politica
Lula analisa exceções de Trump para estimar impacto e se posicionar sobre tarifa

O decreto presidencial assinado por Donald Trump que estipula o tarifaço de 50% sobre os produtos feitos no Brasil tem centenas de exceções. Entre elas, suco de laranja, derivados de petróleo, parte dos produtos de aço, celulose e aviação ficaram de fora da taxação extraordinária que eleva o imposto pago por esses produtos dos atuais 10% para 50%. No total, são 694 exceções.

A lista, porém, não contempla o café brasileiro, nem carnes ou pescados. Conforme consta na ordem executiva, o tarifaço entra em vigor sete dias após a publicação do documento, o que foi feito nesta quarta-feira, 30.

Para o presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, a lista com quase 700 exceções surpreendeu positivamente para o Brasil.

“A lista de exceções atenuou claramente o tarifaço. Muita coisa foi incluída (nas exceções), ninguém imaginava isso. Muitos produtos saíram. Surpreendeu favoravelmente para o Brasil essa lista de exceções”, afirmou.

 

Segundo o comunicado da Casa Branca, as exceções “são fornecidas apenas para fins informativos e não se destinam a delimitar de forma alguma o escopo da ação” de proteção da segurança nacional, política externa e a economia dos EUA.

José Velloso, presidente executivo da Associação Brasileira de Máqunas (Abimaq), observou que o setor não foi contemplado na lista de exceções. A visão é de que Trump beneficiou apenas produtos que terão impacto sobre a economia americana e, no caso das máquinas, o Brasil é visto como um concorrente. Ele pontua, contudo, que houve a boa notícia de que os produtos já em trânsito para os EUA não serão tarifados.

“Nosso setor não entrou nas exceções, apenas máquinas voltadas para aviação. Nossa interpretação é que colocaram na lista aquilo que consomem e não produzem. EUA é grande produtor de máquinas. Concorrem conosco. Minha interpretação é que, por este motivo, não entramos no anexo (das exceções), afirmou. “Mas tem uma coisa boa: as empresas que têm exportações em trânsito não serão tarifadas”, afirmou.

Fonte: Estadão-Com Alvaro Gribel

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