Justiça recebe denúncia sobre esquema de fraudes em licitações em Imperatriz
Investigação aponta irregularidades em contratos da Secretaria de Infraestrutura
Por Administrador
Publicado em 19/12/2025 20:05
Politica
Os indícios são de lavagem de dinheiro

A Justiça aceitou, no último dia 15, a denúncia apresentada pelo Ministério Público do Maranhão (MPMA), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), que apura a atuação de uma organização criminosa suspeita de fraudes em licitações, falsidade ideológica e lavagem de capitais em contratos firmados pela Secretaria Municipal de Infraestrutura de Imperatriz (Sinfra).

 

A denúncia é resultado de um Procedimento Investigatório Criminal que teve como foco contratações diretas realizadas em 2019, por meio de dispensa de licitação, que resultaram na celebração de contrato com a empresa J. M. de Sousa Eireli, atualmente denominada Fênix Comércio e Serviços Ltda.

 

Ao analisar o caso, o Poder Judiciário entendeu estarem presentes os requisitos legais para o recebimento da denúncia, como a descrição clara dos fatos, a individualização das condutas e a existência de indícios suficientes de autoria e materialidade.

 

Entre os citados na manifestação do MPMA estão Zigomar Avelino Filho, Luciana Lacerda, Jeffeson Sousa — representante legal da Fênix Comércio e Serviços Ltda —, Diego Stefanni Barros Moralejo, Júlio Cesar Santos, sócio da empresa Limps Limpeza e Conservação Eireli, além de Mayna Oliveira Chagas.

 

Atuação

As investigações indicaram que a contratação da empresa, por meio de dispensa de licitação, teria ocorrido sem a caracterização de situação emergencial. Segundo o MPMA, houve montagem de processo administrativo, direcionamento do procedimento e apresentação de propostas de preços idênticas por empresas que, em tese, deveriam concorrer entre si.

 

Durante a apuração, foram examinados documentos administrativos, contratos, processos de pagamento, vínculos societários e movimentações financeiras. A investigação contou com autorização judicial para o afastamento dos sigilos bancário e fiscal dos investigados, com o objetivo de rastrear o destino dos recursos públicos e identificar possíveis desvios.

 

A análise das transações bancárias apontou que a maior parte dos valores recebidos pela empresa investigada teve origem em pagamentos efetuados pelo Município de Imperatriz, com transferências posteriores para pessoas físicas e jurídicas indicadas como integrantes do suposto esquema criminoso.

 

Denunciados

A denúncia envolve ex-gestores públicos e particulares, aos quais são atribuídos os crimes de organização criminosa, infrações previstas na legislação de licitações, falsidade ideológica e lavagem de capitais.

 

Com o recebimento da denúncia, a Justiça determinou a citação dos acusados para que apresentem resposta à acusação no prazo legal, dando início à fase de instrução processual.

Fonte: MPMA

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