Após décadas de espera, paralisações e entraves judiciais, a ponte sobre o Rio Araguaia, entre Xambioá (TO) e São Geraldo do Araguaia (PA), na BR-153, finalmente será inaugurada na terça-feira (18/11) com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com 1,7 km de extensão, a estrutura marca um dos capítulos mais importantes da infraestrutura no Norte do país.
Uma nova etapa de integração e desenvolvimento se abre para a região com a entrega da obra, considerada estratégica para o fluxo rodoviário, agropecuário e econômico entre o Tocantins e o Pará. Sonhada por gerações, a ponte representa o fim da dependência das balsas e o início de uma ligação definitiva e segura entre os dois estados.
Paralisada por uma disputa judicial, a retomada dos trabalhos só foi possível após a Advocacia-Geral da União (AGU) obter, em junho deste ano, autorização da Justiça Federal para destravar a obra. Segundo o Governo Federal, sem essa decisão, o impasse poderia ter gerado prejuízos de até R$ 130 milhões e prolongado ainda mais a espera.
Além do imbróglio jurídico, o governo precisou resolver pendências de desapropriação nas cabeceiras da ponte — um problema que se arrastava desde a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Com articulação técnica e política, a administração federal conduziu processos de conciliação que permitiram liberar as áreas e concluir os serviços de encabeçamento e aterro, última etapa antes da abertura ao tráfego.
A ponte é considerada um eixo logístico crucial para o Matopiba — fronteira agrícola que abrange Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia — e beneficiará diretamente mais de 1,5 milhão de pessoas. A nova travessia vai agilizar o escoamento da produção, reduzir custos logísticos e integrar modais como a Ferrovia Norte-Sul e a Hidrovia Tocantins-Araguaia.
O presidente do Partido dos Trabalhadores no Tocantins, Nile William, destacou a importância do empreendimento para a população da região. “A entrega da Ponte do Araguaia é a materialização de um compromisso do presidente Lula e do PT com o povo tocantinense e paraense. Enquanto outros governos deixaram a obra paralisada e enfrentando problemas judiciais e de desapropriação, nosso governo agiu. Esta ponte não é só de concreto e aço; é de esperança, desenvolvimento e justiça social para nossa gente”, afirmou.
