A Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA) aceitou um pedido de habeas corpus feito pela defesa da influenciadora digital Tainá Sousa. Tainá está presa desde o dia 1º de agosto por quebrar medidas cautelares impostas pela Justiça, no âmbito das investigações da Operação Dinheiro Sujo, que descobriu um esquema, liderado por Tainá, que estaria lavando dinheiro ilegal proveniente da divulgação do 'Jogo do Tigrinho', em São Luís.
Durante as investigações, a Polícia Civil também afirma que descobriu que Tainá criou uma 'lista de execução' de autoridades, no Maranhão, em conversas interceptadas entre a influenciadora e o pai.
Decisão do TJ-MA pela liberdade
Na terça-feira (9), os magistrados da 3ª Câmara Criminal entenderam que, atualmente, não há provas suficientes que justifiquem a manutenção da prisão. As investigações continuam e Tainá deve ser solta e responder pelos crimes em liberdade.
Esquema de lavagem de dinheiro
Além de Tainá, a Polícia Civil indiciou sete pessoas investigadas por lavagem de dinheiro e organização criminosa relacionada à divulgação do 'Jogo do Tigrinho', em São Luís, que tinha como principal alvo a influenciadora digital Tainá Sousa.
No decorrer das investigações da Operação Dinheiro Sujo, a polícia afirma que descobriu como funcionava o esquema para ganhar dinheiro ilegal e montou o organograma da quadrilha.
Lista de 'execução de autoridades'
Segundo a Polícia Civil, Tainá estava impedida de usar as redes sociais, mas alterou o perfil no Instagram de 'público' para 'privado', o que foi considerado pela Justiça como descumprimento de medidas cautelares, resultando na prisão preventiva.
O delegado que coordena as investigações, Pedro Adão, citou ainda a 'lista de execução' de autoridades encontrada em uma conversa ligada a Tainá. A defesa da influenciadora alegou que se tratava de uma conversa com um 'pai de santo', o que é negado pelo delegado.
A gente aponta uma intenção homicida, mas não um plano concreto. Mas é preciso destacar que não foi uma conversa de cunho religioso ou de fé. Não foi conversa com 'pai' de santo, e sim com o pai biológico.
Nas mensagens do celular de Otávio, pai de Tainá, a influenciadora teria comemorado a morte do blogueiro Luís Cardoso e citado outros alvos: o jornalista, o deputado estadual Yglésio Moisés e o delegado Pedro Adão. Segundo a Polícia, os citados atuam no combate aos jogos ilegais, como o “Jogo do Tigrinho”, contrariando os planos da influenciadora.