Morreu o cartunista Sérgio de Magalhães Gomes Jaguaribe, o Jaguar, aos 93 anos de idade, neste final de semana, 24 de agosto. Jaguar foi um dos fundadores do Pasquim, jornal satírico que enfrentou a ditadura militar, ele estava internado com pneumonia no Copa D’Or, no Rio, há três semanas.

De acordo com informações do jornal ‘O Globo’, a morte de Jaguar foi confirmada pela viúva, Celia Regina Pierantoni. Em julho, durante as comemorações do centenário do Grupo Globo, Jaguar posou para um ensaio fotográfico da revista ‘ELA’ dedicado a quase centenários.

Na ocasião, deu sua última entrevista. “Tive uma vidinha boa. Não me aprofundava em meditações, ia vivendo o momento”, disse ele, que ainda acrescentou que seguia a mesma filosofia. “Não planejo o futuro nem lamento nada do que fiz”, afirmou o autor de ‘Ipanema, se não me falha a memória’.

Jaguar, grande cartunista brasileiro

Sérgio nasceu no dia 29 de fevereiro de 1932 no Rio de Janeiro e começou sua carreira desenhando para revista Manchete em 1952. À época, ele adotou seu famoso pseudônimo por sugestão do cartunista Borjalo. Jaguar trabalhava no Banco Brasil, subordinado ao cronista Sérgio Porto, que o convenceu a não abandonar o emprego para se dedicar exclusivamente à carreira no humor.

Em 1960, Jaguar se consagrou como um dos principais cartunistas da revista Senhor e colaborou também para a Revista Civilização Brasileira, a Revista da Semana, a Pif-Paf e os jornais Última Hora e Tribuna da Imprensa. Em 1968, lançou seu primeiro livro, ‘Átila, você é bárbaro’, um sucesso instantâneo, que, com ironia, combatia o preconceito, a ignorância e a violência.