Operação mira suspeitos de movimentar R$ 200 milhões com venda ilegal de ouro e pedras preciosas
A operação foi feira no MA GO, DF e mais cinco estados
Por Arimateia Jr
Publicado em 12/08/2025 21:37
Politica
As investigações foram iniciadas há aproximadamente dois anos

Uma operação da Polícia Federal investiga suspeitos de movimentar cerca de R$ 200 milhões com a extração e venda ilegal de ouro e de outras pedras preciosas

Nesta terça-feira (12), foram cumpridos 31 mandados de busca e apreensão em Goiás, Mato Grosso, Pará, Tocantins, Maranhão, São Paulo, Minas Gerais e no Distrito Federal (veja a lista de cidades abaixo).

Segundo a corporação, a Operação Ita Yubá tem como alvo um grupo que comprava, transportava e vendia minérios ilegalmente. Como os nomes dos investigados não foram divulgados, a reportagem não conseguiu localizar as defesas para que pudessem se posicionar até a última atualização desta reportagem.

Conforme investigado, os suspeitos abasteciam empresas do setor de joias, lavavam dinheiro com as vendas e promoviam o "enriquecimento ilegal".

A polícia apreendeu barras de ouro, dinheiro e veículos, e determinou o sequestro de apartamentos, casas e fazendas, além de duas aeronaves.

 

Confira a lista de cidades com mandados de busca e apreensão:

-Capanema e Cumaru do Norte no Pará

-Luís Domingues do Maranhão

-Pontes e Lacerda no Mato Grosso

-Palmas no Tocantins

-Goiânia, Senador Canedo, Aparecida de Goiânia e Uruaçu em Goiás

-Uberlândia em Minas Gerais

-São José do Rio Preto em São Paulo

-Brasília no Distrito Federal

 

Investigação

De acordo com Sandro Paes Sandre, chefe da Delegacia do Meio Ambiente, as investigações iniciaram há aproximadamente dois anos com a primeira fase da Operação Sólidos, em que foi identificado um grupo especializado na extração, aquisição, transporte e comercialização do ouro em natura.

"Identificamos, naquela oportunidade, garimpeiras que estariam fazendo a extração de ouro de leitos de rios na região norte do estado de Goiás e vendendo de forma clandestina para uma pessoa que estava adiquirindo e repassando na forma de barra de ouro para alguns receptadores", pontuou.

O delegado explicou que a partir da análise dos celulares apreendidos na época foi possível detectar um grupo crimonoso de maior atuação, no território goiano, no Distrito Federal e mais outros estados.

"Essas pessoas adquiriam esse ouro em natura, fundiam o ouro para transformá-lo em barras e vendiam para empresas interessadas em sua aquisição no estado de São Paulo", disse Sandre.

A Polícia Federal identificou que esse ouro era extraído de áreas não autorizadas pela Agência Nacional de Mineração (ANM) e sem licenciamento ambiental.

Na primeira fase da operação, a polícia descobriu um laboratório no fundo de uma empresa de Goiás, onde o mineral era fundido. Já na segunda etapa, um laboratório desativado foi localizado no Tocantins e outro em Goiânia.

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