O cronograma de entrega da nova ponte Juscelino Kubitschek, que liga as cidades de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), poderá ser alterado. O problema é que os trabalhadores da obra entraram em greve nesta terça-feira (5/8), alegando o descumprimento de direitos trabalhistas por parte do Consórcio Ponte de Estreito, responsável pela execução do projeto.
A obra mobiliza cerca de 500 trabalhadores, em regime de revezamento, incluindo fins de semana e feriados.
Em vídeos divulgados nas redes soiciais, os trabalhadores afirmam que os salários estão defasados e com diversas inconsistências em relação à carga horária. Além disso, não há pagamento de horas extras nem de adicional de insalubridade, mesmo diante das condições degradantes.
"Estamos trabalhando todos os dias, embaixo do sol forte, correndo risco, e recebendo apenas R$ 1.500. Isso é justo?" afirmou um carpinteiro. Segundo ele, o valor recebido está muito abaixo do que deveria ser pago, considerando o esforço e o tempo dedicados à obra.
A paralisação pode comprometer o cronograma da obra, que está prevista para ser entregue em dezembro deste ano. A ponte é considerada estratégica para integração logística entre os dois estados e para o escoamento da produção da região.
O consórcio responsável pela construção não se manifestou oficialmente sobre as reivindicações dos trabalhadores.
Já o DNIT informou que as obras estão sendo devidamente acompanhadas pelo órgão, tanto em seus aspectos técnicos quanto administrativos. Com relação à paralisação, o DNIT disse que está em contato com o consórcio responsável, o qual informou que a contabilização de horas extras dos trabalhadores será tratada caso a caso, com o objetivo de esclarecer dúvidas e garantir os direitos dos funcionários.
O caso deve atrair a atenção do Ministério Público do Trabalho (MPT) e de sindicatos, que já articulam medidas para garantir o cumprimento das obrigações legais legais por parte da empresa.
Conteúdo AF Noticias