PM mata irmão e acerta tiro na própria mãe durante briga familiar
O irmão foi atingido duas vezes e morreu no local
Por Arimateia Jr
Publicado em 09/07/2025 01:20
Politica
O policial apresentou-se espontaneamente às autoridades

A foto acima é Ilustrativa

Um policial militar matou o irmão e acertou um tiro na própria mãe durante uma briga na tarde desta terça-feira (8) em Guarulhos, na Grande São Paulo. O soldado, um homem de 31 anos, residia no mesmo imóvel que os familiares, em um cômodo no andar superior da casa.

Aos policiais civis, o PM contou que estava em seu quarto, quando o pai e o irmão, de 28 anos, apareceram. Ambos passaram a cobrar o soldado por uma dívida.

Segundo o PM, houve uma discussão e os dois avançar em direção a ele. A mãe, de 55 anos, presenciou o início da briga e tentou acalmar os ânimos. O PM conseguiu gravar em vídeo do momento em que o pai, de 60 anos, e o irmão avançavam contra ele com xingamentos.

Conforme o boletim de ocorrência, o pai conseguiu imobilizar o PM com um golpe no pescoço conhecido como mata-leão. Nesse instante, o irmão teria percebido que o policial militar estava com uma arma na cintura e a retirou.

Segundo o PM, ao tentar tomar a arma do irmão ocorreram disparos involuntários.

O irmão foi atingido duas vezes e morreu no local. Outro tiro acertou a mãe do PM. A mulher foi socorrida consciente para o pronto-socorro do Hospital Geral de Guarulhos.

 

O pai do policial passou por exame de alcoolemia, o qual apresentou resultado positivo para o consumo de álcool.

Na delegacia, ele confirmou a discussão e afirmou que o filho policial sacou a arma sem motivo aparente.

Mesmo hospitalizada, a mãe foi ouvida, e também disse ter presenciado a discussão e as cobranças por parte do marido e do outro filho contra o policial. Ela confirmou que ambos investiram fisicamente contra o soldado, no momento em que tentou intervir, ouviu os disparos, sendo atingida em seguida.

O boletim de ocorrência menciona que o morto passava por acompanhamento médico por um quadro de transtorno emocional.

O documento aponta que o policial acionou a Polícia Militar, permaneceu no local e apresentou-se espontaneamente às autoridades.

Os policiais civis disseram ter assistido ao vídeo gravado pelo policial, que registrou parte da confusão.

Para o delegado, o caso tem fortes indícios de legítima defesa. "Assim, deixo de lavrar o auto de prisão em flagrante, determinando em seu lugar a instauração de inquérito policial para apuração exauriente dos fatos, visando confirmar ou afastar a incidência de excludente de ilicitude", escreveu o delegado Ricardo Kondo Forti.

Foram requisitados exames, e a arma do soldado foi apreendida e encaminhada para a perícia técnica.

Fonte: Folha de São Paulo

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