O Jornal Nacional resolveu sair em defesa dos mais ricos e do Congresso Nacional
As iniciativas estão sendo alvos de críticas após o Senado e a Câmara dos Deputados derrubarem decretos do presidente Lula que aumentavam o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Internautas criticaram parlamentares e a expressão "Congresso da mamata" ficou entre os assuntos mais comentados nas redes sociais.
Na apresentação, a jornalista Renata Vasconcellos começa dizendo: “uma campanha disseminada em redes sociais com ataques diretos ao Congresso Nacional está provocando preocupação de políticos e analistas”. “O pedido de moderação em defesa do respeito entre os poderes e da convivência democrática de diferentes correntes políticas”, continuou.
Usuários da rede social X fizeram críticas ao JN
Colunista Hildegard Angel comentou sobre o tema. "Curioso, o JN pede 'moderação' aos que reclamam nas redes sociais contra o Congresso, que aprova aumentos de salários deles próprios, da conta de luz, aprova o trabalho 6x1, o PL do Licenciamento Ambiental (praticamente um libera geral), aprova emendas sem prestar contas. Agora, não vejo o JN se horrorizar com a enganação do povo por Brasil Paralelo, revista Oeste, Jovem Pan, CNN, redes sociais e ele mesmo. Esse filme, já vimos".
Outro perfil na rede social X afirmou que o JN deu uma "clara demonstração de assessoria de imprensa dos ricos" e disse que a "mobilização popular nas redes contra o Congresso tem tirado o sono da direita".
O governo do presidente Lula (PT) defende a elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) como uma medida essencial para preservar programas sociais e evitar restrições orçamentárias que prejudiquem os serviços públicos. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o decreto busca corrigir distorções tributárias em setores que atualmente não contribuem adequadamente com impostos sobre renda.
Entre as principais mudanças estão o reajuste das alíquotas da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL): empresas de apostas eletrônicas (bets) teriam aumento de 12% para 18%, e as fintechs, de 9% para 15%, equiparando-as aos bancos convencionais.
Além disso, o texto propõe a tributação de Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), atualmente isentas do Imposto de Renda.
Apesar da resistência legislativa, o governo já havia publicado uma Medida Provisória (MP) em junho, aumentando impostos sobre apostas e investimentos isentos — uma demanda do Congresso. A MP também inclui um corte de R$ 4,28 bilhões em despesas obrigatórias para 2024. Como contrapartida, o Executivo reduziu o impacto do decreto do IOF, mas a proposta foi rejeitada pelos parlamentares.