Advogada denuncia que foi dopada e estuprada em clube: “Acordei despida”
A advogada afirmou que estava no Clube dos Subtenentes e Sargentos, mas que sofreu o abuso por parte de civis e não de policiais
Por Arimateia Jr
Publicado em 22/06/2025 09:01
Politica
A advogada afirmou que estava no Clube dos Subtenentes e Sargentos, mas que sofreu o abuso por parte de civis e não de policiais

Uma advogada denunciou ter sido estuprada após aceitar um convite para uma festa no Clube dos Subtenentes e Sargentos, localizado no bairro Cristo Rei, na zona Sul de Teresina (PI). Em uma rede social, ela relatou que ingeriu bebidas alcoólicas, passou mal, foi levada para um quarto e acordou despida.

 

COMO ACONTECEU?

Segundo o relato da advogada, ela estava em um estabelecimento no bairro quando dois homens a convidaram para a festa, onde todos consumiram bebidas alcoólicas. Na ocasião, a advogada estava com um companheiro e, ao se sentir mal, pediu para se deitar em um local do clube.

 

"Sim, notei algo estranho, como se aquilo não fosse somente cerveja para eu me sentir daquele jeito, mas o exame toxicológico irá mostrar. Estávamos num clube de policiais, mas os envolvidos são civis. Não são policiais", disse.

 

Ao acordar, a advogada percebeu que estava sem roupas e “trancada, em cárcere”, além disso, com a “senha do celular modificada”. As chaves do quarto estavam próximo da cama. Ela conseguiu sair e pedir ajuda. 

 

"Uma assistente social que estava lá e me viu em desespero chamou a polícia e assim fui conduzida para a central de flagrantes. Consegui ligar para meu ex-marido e grande amigo até hoje que foi até o local com minha mãe e fomos todos à central de flagrantes e apenas um dos envolvidos foi conduzido. Depois ele declinou os números dos demais envolvidos, que foram ouvidos porque provavelmente este não iria sustentar o B.O. sozinho".

 

O QUE DIZ A POLÍCIA MILITAR?

Em nota, a Polícia Militar do Piauí repudiou o caso e enfatizou o que outrora dito pela advogada, de que os agentes não foram culpados, e afirmou crer na “certeza de que os órgãos de segurança pública competentes adotarão as devidas providências no sentido de responsabilizar os verdadeiros envolvidos e encaminhar para as autoridades judiciárias para ações pertinentes ao caso”. 

 

"Lamentando o acontecido, reafirmamos nosso compromisso de trabalhar diuturnamente pela segurança de nossa sociedade, bem como reforçamos nosso compromisso de defender nossos dignos Policiais Militares, que mesmo com o sacrifício da própria vida garantem a paz, a tranquilidade e a ordem pública de nosso estado", diz o trecho da nota. 

 

NOTA DE REPÚDIO DA AADPCEPI

A Associação dos Advogados e Defensores Públicos Criminalistas do Estado do Piauí - AADPCEPI manifesta sua mais profunda solidariedade e repúdio diante do relato de violência brutal sofrida por uma colega advogada. Esse ato hediondo e covarde fere gravemente a integridade e a dignidade da vítima, causando-lhe danos irreparáveis.

 

Comprometemo-nos a acompanhar todas as medidas até que os responsáveis sejam identificados, processados e punidos conforme a lei. Acreditamos que a justiça deve ser feita de forma célere e eficaz, garantindo que a vítima receba o apoio necessário para superar essa traumática experiência.

 

Nossa entidade se compromete a trabalhar incansavelmente para assegurar que os culpados sejam levados à justiça. A voz da vítima deve ser ouvida e respeitada em todas as etapas do processo. Vamos trabalhar para garantir que suas necessidades sejam atendidas e que ela receba a atenção e o apoio necessários para sua recuperação. Desde o início, estamos ao lado dela, (Dr. Marcus Nogueira e Dr. Albelar Prado) acompanharam, além do apoio emocional, as investigações, exames e diligências na Central de Flagrantes.

 

Nossa solidariedade não se limita apenas à vítima, mas também a todos os que foram afetados por esse ato de violência. Estamos unidos nessa luta pela verdade, pela justiça e pela proteção dos direitos humanos. Vamos continuar trabalhando juntos para construir uma sociedade mais justa e segura, onde todos possam viver sem medo de violência e abuso.

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