Inadimplência de Empresas no Brasil Atinge Novo Recorde Histórico, Aponta Serasa Experian
Distrito Federal lidera inadimplência com 40,9%
Por Arimateia Jr
Publicado em 17/05/2025 22:14
Politica
Distrito Federal lidera inadimplência com 40,9%

O número de empresas inadimplentes no Brasil alcançou um novo patamar recorde em março deste ano, atingindo a marca de 7,3 milhões de negócios com dívidas em atraso. O levantamento, divulgado na ultima quinta-feira (15) pela Serasa Experian, revela que este é o maior número já registrado desde o início da série histórica, representando 31,9% do total de empresas ativas no país.

O volume total das dívidas também atingiu um recorde, somando R$ 169,8 bilhões. Em média, cada empresa inadimplente possuía 7,3 contas negativadas, com um valor médio por dívida de R$ 3.186,80.

O setor de Serviços lidera o ranking de empresas com débitos, concentrando 53% do total de negócios negativados. Em seguida, aparecem o Comércio, com 34,8%, a Indústria, com 8,0%, e a categoria “Outros” (que engloba negócios do setor Financeiro e do Terceiro Setor), com 3,3%. O Setor Primário representa a menor parcela, com 1,0% das empresas inadimplentes.

No que se refere à origem das dívidas, a maior parte dos débitos foi contraída no setor de Serviços (31,6%), seguido por Bancos e Cartões de Crédito (20,7%).

Entre os estados com a maior proporção de empresas inadimplentes, o Distrito Federal lidera com 40,9%, seguido por Alagoas (40,3%) e Pará (39,8%).

Para a economista Camila Abdelmalack, da Serasa Experian, o cenário de inadimplência recorde é um reflexo direto dos elevados juros praticados no país e das dificuldades de acesso ao crédito, especialmente para os pequenos negócios. “O cenário de inadimplência recorde entre as empresas reflete os efeitos prolongados de juros altos, além das dificuldades de acesso ao crédito — especialmente para os pequenos negócios. Esses são os mais afetados porque, em geral, têm menor capital de giro, maior dependência do crédito bancário e menos margem para absorver oscilações do mercado”, explica a economista.

Fonte: Gazeta Brasil

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